Tóquio enfrenta uma onda de calor sem precedentes, registrando nesta quarta-feira (27) o décimo dia consecutivo com temperaturas superiores a 35°C, segundo a Agência Meteorológica do Japão. Este recorde histórico, o primeiro desde o início dos registros em 1875, ocorre após um verão excepcionalmente quente, com junho e julho de 2025 sendo os meses mais quentes já documentados no país. A cidade de Isesaki, na província de Gunma, alcançou a temperatura recorde de 41,8°C.
O impacto do calor extremo na saúde pública é alarmante, com mais de 8.400 hospitalizações e 12 mortes relacionadas à insolação apenas na última semana. Além disso, as condições climáticas têm causado efeitos adversos em várias regiões do Japão, como chuvas intensas em Hokkaido e evacuações em Hagi devido ao risco de deslizamentos de terra. As autoridades locais estão reforçando os alertas para que a população, especialmente idosos e pessoas vulneráveis, tome precauções contra o calor.
Especialistas apontam que o aquecimento global está alterando ciclos naturais importantes, como o florescimento das cerejeiras, que estão ocorrendo fora de época. O Monte Fuji, tradicionalmente coberto de neve em outubro, apresentou essa paisagem apenas em novembro do ano passado. As previsões indicam uma leve trégua nas temperaturas nos próximos dias, mas a expectativa é que a onda de calor persista, exigindo atenção contínua das autoridades e da população.