O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou a exclusão de um vídeo publicado pelo Partido Liberal (PL) que retratava apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT) como “viciados em PT”. A gravação, divulgada em 12 de julho, utilizou inteligência artificial e foi considerada ofensiva, levando o PT a mover uma ação judicial contra o PL e a Meta, empresa responsável pelo Instagram e Facebook. Em sua decisão, a 2ª Vara Cível de Brasília avaliou que o material ultrapassou os limites da liberdade de expressão, sendo classificado como “grotesco” e sem propósito construtivo.
O vídeo apresentava entrevistas fictícias com declarações depreciativas sobre o petismo, associando-o a corrupção e outros problemas sociais. A Meta foi notificada para remover o conteúdo em até três dias, sob pena de multa diária de R$ 2 mil, limitada a 20 dias. A decisão reflete um crescente debate sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais e a responsabilidade das plataformas em moderar conteúdos potencialmente ofensivos ou prejudiciais.
Este caso destaca a tensão entre liberdade de expressão e discurso de ódio no contexto político brasileiro. A ação judicial pode ter implicações significativas para futuras campanhas eleitorais e para a forma como os partidos políticos utilizam as redes sociais para se comunicar com o eleitorado. A decisão do TJDFT também levanta questões sobre o papel da Meta na supervisão de conteúdos que possam incitar divisões ou ofensas entre diferentes grupos políticos.