O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu na última sexta-feira (1º) pela suspensão imediata dos contratos entre a Prefeitura de Ribeira e a empresa W. F. Da Silva Treinamentos Ltda. A medida foi tomada em resposta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que investiga a utilização de recursos públicos para o pagamento de serviços de natureza espiritual, supostamente em benefício da vice-prefeita Juliana Maria Teixeira da Costa.
De acordo com o MPSP, a vice-prefeita, que também ocupa o cargo de secretária de Saúde do município, teria intermediado um pagamento de R$ 41,2 mil à vidente conhecida como “Mentora Samantha”. A investigação aponta que a quantia foi inicialmente destinada à empresa W. F. Da Silva, que alegou prestar serviços médicos e hospitalares, mas que, segundo o MP, funcionava como uma possível fachada para desvio de recursos.
A Promotoria também solicitou a proibição de novos contratos com a empresa e a condenação de Juliana Teixeira, do empresário William Felipe da Silva e do servidor Lauro Olegário por improbidade administrativa. Além disso, o MPSP requer o ressarcimento integral do valor desviado, acusando a vice-prefeita de enriquecimento ilícito.
Em resposta às acusações, Juliana Teixeira classificou o caso como uma “campanha difamatória” e afirmou que registrou boletim de ocorrência contra os envolvidos. A vice-prefeita se comprometeu a defender sua honra e reputação judicialmente, alegando que as acusações são infundadas e parte de uma tentativa de extorsão por parte da vidente.