Cleyton Cipriano Pinto, de 44 anos, internado há 25 anos no Hospital Dom Pedro II, na Zona Norte de São Paulo, retoma seus estudos com uma tecnologia adaptada que lhe permite controlar um computador com a cabeça. O dispositivo, desenvolvido pelo Laboratório de Inovações Acadêmicas, foi entregue a Cleyton na última quarta-feira (6) e possibilitará que ele curse a graduação a distância com uma bolsa integral oferecida pela Universidade Guarulhos (UNG).
O aparelho, impresso em 3D, conta com sensores de movimento e proximidade, permitindo que Cleyton mova o cursor e clique com toques leves no rosto. Rafael Pacheco Ferreira, analista de inovação responsável pelo desenvolvimento do equipamento, destacou que a solução foi criada para garantir autonomia e conforto aos usuários tetraplégicos, facilitando o acesso a plataformas educacionais.
Jânyo Diniz, CEO do Grupo Ser Educacional, enfatizou que o projeto visa democratizar o acesso ao ensino superior para pessoas com tetraplegia. Cleyton, que soube da iniciativa por meio de uma amiga, expressou sua alegria ao receber a notícia da bolsa de estudos e ressaltou a importância da tecnologia na inclusão social e na realização de sonhos, como a conclusão do ensino superior.