Um júri federal em Miami condenou a Tesla a pagar US$ 329 milhões em indenizações por um acidente fatal envolvendo o sistema de condução autônoma Autopilot, ocorrido em 2019 na Flórida. A colisão resultou na morte de uma jovem e deixou seu namorado gravemente ferido. O veredito foi anunciado na última terça-feira, 24 de outubro, e representa uma significativa responsabilidade da fabricante de veículos elétricos no caso.
O júri determinou que a Tesla era responsável por 33% da colisão, que ocorreu quando um Tesla Model S ignorou um sinal de pare em um cruzamento e colidiu com o Chevrolet Tahoe estacionado do casal. A defesa da empresa argumentou que o motorista do Tesla era o único culpado, alegando que ele estava distraído ao deixar cair seu celular no assoalho do veículo.
Em resposta ao veredicto, a Tesla expressou sua intenção de recorrer, afirmando que o julgamento continha erros substanciais de direito e irregularidades. Este caso é um dos poucos que chegaram ao tribunal relacionados a acidentes com o Autopilot, e o resultado representa um desafio ao histórico da empresa em litígios, que até então contava com vitórias em casos similares na Califórnia.
O veredito surge em um momento delicado para a Tesla e seu CEO, Elon Musk, que enfrenta pressão crescente dos investidores após a queda das ações da empresa, exacerbada por suas polêmicas ligações políticas. A fabricante já havia firmado acordos confidenciais em outros casos relacionados a acidentes fatais envolvendo sua tecnologia de condução autônoma.