Um terremoto de grande magnitude registrado na península de Kamchatka, na Rússia, na quarta-feira (30), reacendeu preocupações sobre a atividade sísmica no Brasil, especialmente no estado do Pará. Embora o Brasil não esteja localizado em uma das zonas de maior atividade tectônica do mundo, tremores de terra têm sido cada vez mais monitorados, com registros significativos em municípios como Parauapebas, Novo Repartimento e Tucuruí.
De acordo com o professor Lourenildo Leite, da Universidade Federal do Pará (UFPA), os terremotos são causados pelo acúmulo de tensão nas rochas, resultando em explosões que movimentam a litosfera. No Pará, foram registrados cinco abalos sísmicos em 2025, incluindo um de magnitude 4.3 em abril, considerado o maior da história sísmica brasileira. Os tremores ocorridos em julho, nos dias 9 e 10, foram analisados pelo Observatório Nacional e pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).
Lourenildo Leite ressalta que, embora os tremores no Pará sejam considerados pequenos e não causem danos significativos, a região ainda é afetada por tensões tectônicas. O professor explica que o Brasil está situado entre a Zona de Atração do Atlântico e a Zona de Subducção da América do Sul, o que o torna uma área relativamente estável, mas com a possibilidade de pequenos tremores devido a falhas geológicas. Não há expectativa de grandes terremotos no país, mas a atividade sísmica local continua a ser monitorada com atenção.