Um terremoto de magnitude 8,8 foi registrado em 29 de julho, ao largo da Península de Kamchatka, na Rússia, gerando ondas de tsunami em várias regiões do Pacífico. Apesar da magnitude elevada, os efeitos foram menos destrutivos do que o esperado, resultando em pequenas inundações costeiras e ondas de altura moderada, o que permitiu que países como Japão e Estados Unidos adotassem medidas de precaução sem grandes consequências.
O tremor ocorreu em uma zona de subducção a cerca de 21 quilômetros de profundidade, em uma área conhecida por sua intensa atividade sísmica. Especialistas explicam que, apesar da liberação significativa de energia, a ruptura não afetou todo o fundo do mar, o que limitou a formação de grandes tsunamis. As ondas mais altas, de 3 a 5 metros, foram registradas na cidade de Severo-Kurilsk, enquanto em locais como Havaí e Califórnia, as ondas não ultrapassaram 1,5 metro.
Após o terremoto, mais de 20 tremores secundários foram detectados, incluindo um de magnitude 6,9. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) alerta para uma probabilidade de 60% de novos abalos superiores a 7,0 na região nos próximos dias. Embora o evento não tenha causado destruição em larga escala, ele destaca os riscos permanentes associados às zonas de subducção, que são propensas a terremotos poderosos.
Além disso, o vulcão Klyuchevskoy, o maior ativo do Hemisfério Norte, entrou em erupção horas após o tremor, embora ainda não haja confirmação de relação entre os dois eventos. O incidente em Kamchatka serve como um lembrete do potencial geológico da região e da necessidade de monitoramento contínuo das atividades sísmicas.