O estado de Terengganu, na Malásia, implementou novas leis que ameaçam prender homens muçulmanos que não comparecerem às orações de sexta-feira sem uma justificativa válida. De acordo com as regras da sharia, os infratores pela primeira vez podem enfrentar até dois anos de prisão e multas que podem chegar a 3.000 ringgits, cerca de £527. Essas novas diretrizes entraram em vigor esta semana, gerando debates sobre a liberdade religiosa e os direitos civis no país.
A introdução dessas leis reflete um endurecimento das políticas religiosas na Malásia, onde a sharia é aplicada em várias esferas da vida pública. A medida foi recebida com críticas por parte de defensores dos direitos humanos, que argumentam que a imposição de tais penalidades pode levar a abusos e à discriminação contra aqueles que não seguem estritamente as normas religiosas. A situação em Terengganu pode servir como um indicativo das tendências futuras em outras regiões do país.
As implicações dessa legislação são significativas, pois podem afetar a dinâmica social e religiosa na Malásia, um país conhecido por sua diversidade cultural. A possibilidade de prisão por não comparecer a orações pode intensificar tensões entre diferentes grupos religiosos e provocar um debate mais amplo sobre a liberdade de crença e a aplicação da sharia na sociedade malaia contemporânea.