Uma tentativa de homicídio em São Paulo, ocorrida em 14 de dezembro do ano passado, expôs uma trama complexa envolvendo desvio de dinheiro em uma das principais cooperativas de saúde do país. Um casal e seu filho foram alvos de um atirador que disparou contra o veículo em que estavam, mas todos sobreviveram. Inicialmente tratado como uma briga de trânsito, o caso tomou novos rumos após oito meses de investigação, revelando que a verdadeira motivação estava ligada ao trabalho da vítima na Unimed Nacional.
A polícia descobriu que a mulher, analista financeira, havia identificado um desvio milionário na cooperativa e alertado sua gerente sobre a situação. Contudo, sua denúncia não foi levada a sério, o que levou à elaboração de um plano para sua eliminação. A investigação revelou que Bruna Perugine Teixeira, colega da vítima, arquitetou o crime em conluio com um contador, utilizando uma empresa fantasma para ocultar os desvios financeiros.
As implicações deste caso são profundas, não apenas pela gravidade da tentativa de homicídio, mas também pela luz que lança sobre a corrupção dentro de instituições de saúde. O envolvimento de funcionários da Unimed Nacional em atividades criminosas levanta questões sobre a supervisão e a ética nas cooperativas de saúde no Brasil. A continuidade das investigações poderá revelar mais detalhes sobre a rede criminosa e suas ramificações.