A recente aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a imposição de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros geraram preocupações sobre a possibilidade de novas sanções ao Brasil. Há temores de que o país possa ser excluído do sistema de pagamentos internacional Swift, o que teria um impacto significativo nas transações financeiras. Em resposta a essa situação, bancos brasileiros estão buscando a orientação de escritórios de advocacia nos Estados Unidos para se protegerem de possíveis sanções do governo Trump.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se encontrou com Hayden Allan, chefe global de assuntos corporativos do Swift, que garantiu que o Brasil não enfrentará sanções unilaterais. Na última segunda-feira (18), o ministro Flávio Dino afirmou que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros não terão validade no Brasil até que sejam homologadas pelo STF, visando proteger Moraes de sanções financeiras. O sistema Swift, que conecta mais de 11,5 mil instituições financeiras em mais de 200 países, é essencial para transações financeiras internacionais.
Durante a reunião entre Durigan e Allan, o chefe do Swift expressou que a exclusão do Brasil não é uma possibilidade iminente, uma vez que tal decisão depende da aprovação do bloco europeu. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também condenou os rumores de sanções ao sistema financeiro brasileiro, classificando tais ações como desproporcionais. A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos continua a gerar apreensão no setor financeiro, embora muitos considerem improvável a exclusão do país do sistema Swift.