O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou em entrevista ao UOL, nesta quinta-feira, 21, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui prestígio e popularidade, mas o cenário para as eleições de 2026 permanece incerto. Ele ressaltou que o eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá um papel significativo na definição da candidatura que venha a apoiar. “É muito difícil nesse momento dizer qual é a solução para 2026”, declarou Temer, enfatizando a polarização política que divide o país.
Temer também abordou a necessidade de pacificação nacional e a busca por uma candidatura moderada que evite a radicalização. Ele sugeriu que governadores cotados para a presidência, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD), Eduardo Leite (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União), deveriam se unir em torno de um projeto de governo. “O ideal é que vocês primeiro pudessem lançar um projeto para o país, e depois vejam quem pode representar esse projeto”, afirmou.
Além disso, o ex-presidente comentou sobre questões internacionais, como o embate com os Estados Unidos e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Temer, essa lei é um “exagero brutal e sem precedentes”, ressaltando que seu objetivo é punir corruptores e violadores dos direitos humanos. A declaração de Temer reflete a complexidade do cenário político brasileiro e as expectativas para o futuro próximo.