O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou em entrevista ao UOL, nesta quinta-feira, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui prestígio e popularidade, mas o cenário para as eleições de 2026 permanece incerto. Segundo Temer, o eleitorado de Jair Bolsonaro (PL) terá um papel significativo na candidatura que ele venha a apoiar. “É muito difícil nesse momento dizer qual é a solução para 2026”, declarou.
Temer ressaltou a necessidade de pacificação no país e criticou a polarização política, que, segundo ele, tem gerado divisões entre brasileiros e instituições. Ele sugeriu que uma candidatura moderada poderia emergir entre os governadores cotados para a presidência, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD), Eduardo Leite (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União), sendo que os dois últimos já anunciaram suas pré-candidaturas.
Além disso, o ex-presidente comentou sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele indicou durante seu mandato. Para Temer, essa medida é um “exagero brutal e sem precedentes”, ressaltando que a lei deveria ser utilizada contra violadores de direitos humanos e corruptores, e não contra um constitucionalista como Moraes.