O Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR) condenou, em 19 de agosto de 2025, os dirigentes da Cooperativa Brasileira de Serviços Médicos (Coopebras), Dimião Weber Zabolotsky e Edivaldo Pereira Vieira, a devolverem mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos. O valor se refere a fraudes nos pagamentos de plantões médicos não realizados no Hospital de Rorainópolis, localizado no Sul de Roraima. O g1 tenta contato com a defesa dos citados, mas até o momento não obteve resposta.
O processo contra os gestores tramitava desde 2020, após o TCE identificar pagamentos irregulares a médicos e cirurgiões-dentistas. Um relatório apontou discrepâncias entre plantões pagos e os efetivamente realizados, além da ausência de comprovações adequadas dos serviços prestados. As falhas foram consideradas condutas negligentes e ilícitas, resultando em um prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos.
Além de Zabolotsky e Vieira, outros gestores também foram responsabilizados por atos ilegítimos na gestão da cooperativa. O TCE determinou multas que variam de 10 a 30 Unidade Fiscal Estadual de Roraima (UFERRs) e afastou a responsabilização de ex-secretários de Saúde do Estado. A decisão será anexada à prestação de contas referente ao ano de 2017 e encaminhada ao Ministério Público de Roraima (MPRR) para possíveis ações cíveis e penais, reforçando a obrigação dos gestores em comprovar o uso regular dos recursos públicos.