As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em leve alta nesta terça-feira em São Paulo, com destaque para os contratos de prazos mais curtos. A taxa para janeiro de 2027 subiu para 13,975%, um aumento de 6 pontos-base em relação ao ajuste anterior de 13,919%. Os investidores reagiram a surpresas altistas nos dados do IPCA-15, que registrou deflação pela primeira vez em dois anos, com uma queda de 0,14% em agosto. Apesar da reação inicial positiva do mercado, a avaliação se tornou mais cautelosa ao longo do dia, especialmente após a análise dos dados que indicaram pressões inflacionárias em setores como energia elétrica e alimentação. Segundo Luciana Rabelo, economista do Itaú, essas surpresas reforçam o impacto do mercado de trabalho apertado sobre a inflação, revertendo parcialmente a expectativa de um ciclo de afrouxamento monetário pelo Banco Central. No cenário externo, a situação também influenciou os mercados, com preocupações sobre a independência do Federal Reserve após tentativas do presidente dos EUA, Donald Trump, de demitir uma diretora do banco central.
Taxas de juros futuros sobem com surpresas no IPCA-15 em São Paulo
