As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) fecharam em queda nesta quinta-feira, 26 de outubro de 2023, refletindo um alívio entre os investidores em relação ao impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos. Apesar do sentimento de cautela ainda prevalecer, a taxa do DI para janeiro de 2027 caiu para 14,08%, em comparação ao ajuste anterior de 14,145%. Para janeiro de 2028, a taxa também apresentou queda, marcando 13,365%, ante 13,455% da sessão anterior.
Os contratos de prazos mais longos também registraram redução nas taxas, com o DI para janeiro de 2031 em 13,46%, uma diminuição de 13 pontos-base em relação ao ajuste anterior de 13,593%. Já o contrato para janeiro de 2033 teve uma taxa de 13,58%, com queda similar de 13 pontos-base. O mercado tem se mantido atento às repercussões da ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que entraram em vigor na quarta-feira.
O otimismo entre os investidores foi impulsionado pela confirmação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que se reunirá com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na próxima quarta-feira. No entanto, a cautela persiste, com o mercado aguardando a apresentação do plano de contingência do governo brasileiro para mitigar os impactos da tarifa sobre setores afetados.
Em paralelo, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, comentou sobre a interrupção no ciclo de alta da taxa Selic, indicando que o plano de combate à inflação está seguindo conforme o esperado. No cenário internacional, as tarifas de Trump sobre diversos parceiros comerciais começaram a valer, enquanto o Federal Reserve avalia a possibilidade de retomar cortes nas taxas de juros a partir de setembro.