As taxas futuras de juros no Brasil apresentaram queda nesta quinta-feira, 7, acompanhando a desvalorização do dólar e atingindo mínimas durante a segunda etapa do pregão. A valorização do real, leilões de títulos do Tesouro Nacional e dados que indicam fraqueza no mercado de trabalho dos Estados Unidos contribuíram para a redução das taxas do Depósito Interfinanceiro (DI).
Ao final dos negócios, a taxa do DI para janeiro de 2026 caiu de 14,904% para 14,895%, enquanto o DI de janeiro de 2027 recuou de 14,143% para 14,1%. As taxas para os DIs de janeiro de 2028 e 2029 também apresentaram queda, marcando 13,375% e 13,26%, respectivamente. Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2031 diminuiu de 13,592% para 13,46%.
Paulo Henrique Oliveira, estrategista de renda fixa da Daycoval Corretora, comentou que o dia foi marcado por uma ausência de grandes destaques, com efeitos pulverizados sobre as taxas. Ele destacou que não houve um fator específico que justificasse as reduções, mas sim uma combinação de elementos. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, reiterou a necessidade de manter uma política monetária cautelosa, especialmente diante da incerteza externa.
No cenário internacional, novos dados do mercado de trabalho dos EUA indicaram um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego, o que reforça a expectativa de que o Federal Reserve possa cortar juros em setembro. O número de solicitações subiu para 226 mil na semana encerrada em 2 de agosto, superando as previsões de analistas, que esperavam 219 mil pedidos.