A taxa média de juros do crédito consignado ao setor privado, com garantia do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi de 3,75% ao mês em julho, segundo o Banco Central (BC), divulgado nesta quarta-feira (27). Essa taxa representa uma leve queda em relação aos 3,79% registrados em junho, mas ainda é mais que o dobro da taxa aplicada a aposentados (1,82%) e servidores públicos (1,85%).
O Banco Central também revelou que as taxas médias de juros para outras modalidades de crédito são bastante elevadas, como o crédito pessoal não consignado a 6,14% e o cartão de crédito rotativo a 15,21%. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defende que não há necessidade de um teto para os juros do consignado ao setor privado, argumentando que as taxas devem ser mais baixas com a garantia do FGTS. Contudo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, alertou que o governo poderá estabelecer um teto se houver abusos no sistema financeiro.
Desde o lançamento da nova modalidade de crédito em março, os trabalhadores têm acesso a empréstimos diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O governo está atualmente migrando contratos antigos para o novo sistema e prevê que a portabilidade de contratos com melhores taxas comece em novembro. Com 70 instituições financeiras habilitadas a operar essa modalidade, o crédito consignado com garantia do FGTS promete beneficiar milhões de trabalhadores formais no Brasil.
