Pesquisadores revelaram detalhes impressionantes de tatuagens em uma múmia feminina de 2.500 anos, encontrada nas montanhas Altai, na Sibéria. Os desenhos, que retratam leopardos, cervos, um galo e uma criatura mitológica, foram considerados tão complexos que até tatuadores contemporâneos teriam dificuldade em reproduzi-los com precisão. A descoberta foi divulgada pela BBC e destaca a sofisticação das sociedades antigas.
A mulher, que tinha cerca de 50 anos, pertencia ao povo nômade Pazyryk, conhecido por sua cultura guerreira e por enterrar seus mortos em túmulos congelados. O arqueólogo Gino Caspari, do Instituto Max Planck de Geoantropologia, enfatizou a importância das descobertas, que foram obtidas através de fotografia digital com luz infravermelha no Museu Hermitage, em São Petersburgo.
As tatuagens, que incluem imagens de leopardos em combate com cervos e um grifo, foram analisadas em colaboração com o tatuador Daniel Riday, que recria métodos antigos. Os pesquisadores sugerem que as marcas foram feitas utilizando estêncil e ferramentas de osso ou chifre, com pigmentos naturais. Embora algumas tatuagens tenham sido danificadas, acredita-se que elas tinham um significado simbólico durante a vida da mulher, mas não no pós-vida, refletindo um valor cultural profundo.
O estudo completo sobre as tatuagens foi publicado na revista científica Antiquity, contribuindo para o entendimento da arte e cultura dos antigos povos nômades da região.