Jorge, uma tartaruga-cabeçuda que passou 40 anos em cativeiro na Argentina, foi reintegrada ao mar em abril de 2023, mas seu rastreamento via satélite foi interrompido em 29 de julho, quando ele estava na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. O animal, que era monitorado por um dispositivo acoplado ao casco, não emitiu mais sinais, levantando preocupações sobre seu futuro.
O Projeto Tamar, que se dedica à conservação das tartarugas marinhas, recebeu informações sobre o percurso de Jorge até a Baía de Guanabara. Segundo Gustavo Stahelin, assessor da diretoria de pesquisa do projeto, a interrupção do sinal é comum e pode ocorrer por diversos motivos, como esgotamento da bateria. Ele destacou que, embora a identificação de Jorge seja possível por meio de anilhas acopladas, a falta de dados sobre seus hábitos e trajetórias é preocupante.
Durante seu trajeto, Jorge apresentou um comportamento migratório, alternando entre a costa e o mar aberto, o que pode estar relacionado à busca por alimento e correntes marinhas favoráveis. A Baía de Guanabara, embora não seja um local de desova para tartarugas-cabeçudas, pode se tornar uma área de alimentação para o animal, caso ele decida permanecer na região. O Projeto Tamar continua a monitorar a situação e espera que Jorge possa ser encontrado no futuro.