A taxa tarifária efetiva sobre as importações nos Estados Unidos deve se manter em torno de 22%, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Centro para Geopolítica do JPMorgan Chase. O documento indica que é improvável a suspensão das tarifas em setores considerados sensíveis e críticos para a segurança nacional, refletindo uma visão compartilhada por diversos segmentos políticos do país sobre a importância dessas medidas para fortalecer a base industrial americana.
O relatório destaca que as tarifas, especialmente em setores estratégicos como semicondutores e defesa, são vistas como essenciais para o desenvolvimento econômico dos EUA, o que torna improvável uma reversão das políticas tarifárias, mesmo após o mandato do ex-presidente Donald Trump. Apesar das expectativas de que as tarifas possam ser utilizadas como uma ferramenta de negociação, o estudo sugere um cenário comercial mais complexo e duradouro.
Além disso, o documento ressalta que, mesmo que um futuro presidente opte por uma abordagem comercial anterior a 2017, ele enfrentará desafios significativos para reverter a estrutura tarifária estabelecida durante a administração Trump. As empresas, por sua vez, podem ajustar seus investimentos em resposta a esse cenário, o que diminui as chances de um retorno ao regime comercial anterior.
O JPMorgan Chase lançou o Centro para Geopolítica em maio deste ano, com o objetivo de auxiliar empresas a enfrentar os desafios econômicos e a instabilidade global. Um relatório anterior da instituição estimou que a implementação de tarifas universais poderia resultar em custos adicionais de até US$ 187,7 bilhões para empresas de médio porte, superando em mais de seis vezes os custos das tarifas já em vigor até o início de 2025.