As tarifas recíprocas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil entram em vigor nesta quarta-feira, 6 de setembro. A medida afeta principalmente o agronegócio brasileiro, com ênfase em commodities como carne e café, além de produtos industrializados, como o aço. O setor agropecuário, responsável por uma parte significativa das exportações brasileiras para os EUA, será o mais impactado pela nova taxa.
O café brasileiro, um dos principais produtos exportados para o mercado norte-americano, destaca-se entre os itens afetados. Nos primeiros seis meses de 2025, o Brasil exportou 181.510.443 quilos de café, totalizando US$ 1.295.027.099. Em contraste, em 2024, as exportações do grão alcançaram US$ 1.901.486.351, com 471.497.274 quilos enviados. Apenas o suco de laranja foi isento da nova tarifa, enquanto o café e o aço enfrentam a imposição.
Em resposta à nova realidade, a China autorizou 183 empresas a exportar café brasileiro para o mercado asiático, buscando alternativas para mitigar os efeitos das tarifas. A análise do impacto real da medida ainda está em andamento, mas o Brasil mantém a tarifa mais alta entre os países afetados, enquanto China e União Europeia negociam reduções em suas taxas. Além disso, os EUA demonstraram interesse na exploração de terras-raras no Brasil, embora o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) tenha ressaltado que qualquer negociação deve ser feita com o governo federal.