O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, mas uma lista de exclusão com mais de 600 itens atenuou os efeitos da medida. Segundo análise da Rio Bravo, a alíquota média efetiva caiu para cerca de 29% a 31%, dependendo das isenções aplicadas a produtos químicos e do setor de energia. As consequências econômicas serão sentidas de forma desigual em setores específicos, mas o risco sistêmico é considerado limitado no curto prazo.
Itens como óleo bruto de petróleo, minerais, suco de laranja, celulose e peças aeronáuticas foram excluídos total ou parcialmente das tarifas, representando mais de 40% do valor total das exportações brasileiras para os EUA em 2024. Além disso, setores como o de café estão em negociações para serem isentos da tarifa de 50%. O comércio bilateral entre Brasil e EUA movimentou mais de US$ 80 bilhões em 2024, com o Brasil importando mais de US$ 49 bilhões dos EUA apenas neste ano.
A análise da Rio Bravo também estima um impacto de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que pode ser reduzido se as negociações setoriais avançarem. Em relação à disputa sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo obteve um desfecho favorável, com o Supremo Tribunal Federal validando a maior parte do decreto, estimando uma perda de arrecadação de R$ 450 milhões em 2025 e R$ 3,5 bilhões em 2026. Contudo, a previsão de arrecadação líquida da Fazenda permanece positiva, com um impacto estimado de R$ 9 bilhões em 2025.