A chantagem tarifária imposta pelo governo de Donald Trump frustrou os planos de pequenas empresas brasileiras que buscavam exportar para os Estados Unidos. Josiane Luz, proprietária de uma fábrica de chocolate em São Paulo, relatou que um contrato para exportar mais de quarenta toneladas mensais foi cancelado devido a uma tarifa de 50%, tornando seu produto caro demais para o consumidor americano. “A exportação para os EUA seria importante para o meu negócio porque seria um volume 20, 30 vezes maior do que eu vendo hoje no Brasil”, afirmou Josiane.
Além da fábrica de chocolate, outra empresa do Amapá também enfrentou dificuldades, com duas toneladas e meia de café com açaí paradas no estoque. Lázaro Gonçalves, diretor operacional da empresa, destacou que a exportação para os EUA representava uma oportunidade de expansão e geração de empregos. O Sebrae se comprometeu a apoiar as empresas afetadas, oferecendo financiamentos e orientação para acessar novos mercados, enquanto as empresas buscam alternativas no Chile, Panamá, Oriente Médio e Ásia.
Apesar dos desafios impostos pelas tarifas americanas, as pequenas empresas brasileiras mantêm a esperança de retomar as exportações para os Estados Unidos. O crescimento de 120% no número de micro e pequenas empresas exportadoras nos últimos dez anos demonstra o potencial do setor. Com o apoio do Sebrae e novas estratégias comerciais, os empresários acreditam que poderão superar as dificuldades e alcançar seus objetivos de expansão.