A Vita Coco, uma das principais processadoras de água de coco dos Estados Unidos, enfrenta um cenário desafiador devido às tarifas impostas pela administração Trump. Com sede em Nova York, a empresa depende fortemente do Brasil e de outros países tropicais para seu suprimento, que representa 96% de sua receita. As tarifas propostas podem chegar a 50% no Brasil e são igualmente altas em outros fornecedores, como Filipinas e Malásia.
Apesar da pressão tarifária, o cofundador e presidente Michael Kirban expressa otimismo, afirmando que a empresa já começou a realocar seu fornecimento para atender mercados na Europa e no Canadá. A Vita Coco controla cerca de 40% do mercado americano de água de coco e, mesmo com as dificuldades, suas ações subiram quase 32% nos últimos 12 meses. A empresa acredita que pode lidar com os desafios financeiros sem repassar novos aumentos de preços aos consumidores.
As implicações das tarifas de Trump podem ser significativas para a Vita Coco, que já enfrentou desafios no passado, incluindo margens estreitas e problemas de distribuição. No entanto, a empresa tem demonstrado resiliência e adaptabilidade, ajustando sua cadeia de suprimentos após a pandemia e expandindo seu portfólio. A situação atual destaca a vulnerabilidade das empresas dependentes de cadeias globais em um ambiente econômico volátil.