As novas tarifas de importação, que variam de 10% a 50%, impostas pelo presidente Donald Trump, começaram a ser aplicadas nesta quinta-feira, 5 de outubro, testando sua estratégia de redução dos déficits comerciais dos Estados Unidos. A medida afeta dezenas de parceiros comerciais e visa minimizar interrupções nas cadeias globais de suprimento, embora possa resultar em inflação e retaliações.
A agência de Alfândega e Proteção da Fronteira dos EUA confirmou que as tarifas mais altas já estão sendo cobradas, após semanas de negociações intensas. Mercadorias que estavam em trânsito antes do prazo podem ser isentas das novas taxas, mas as importações de diversos países já enfrentavam tarifas básicas de 10% desde a suspensão de taxas mais elevadas em abril.
Trump celebrou a implementação das tarifas, afirmando que bilhões de dólares começarão a fluir para os EUA, principalmente de países que, segundo ele, se beneficiaram economicamente às custas dos Estados Unidos. No entanto, as tarifas variam significativamente entre os países, com taxas de 50% para produtos brasileiros e 39% para a Suíça, enquanto outros países, como o Reino Unido, conseguiram taxas mais baixas.
Especialistas alertam que a nova política tarifária pode provocar rearranjos nas cadeias de suprimento e aumento de preços no mercado interno. A ordem de Trump também inclui uma tarifa adicional de 40% para mercadorias transbordadas de terceiros países para evitar a aplicação das novas taxas, embora detalhes sobre a execução dessa medida ainda sejam escassos.