As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, determinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começaram a valer nesta quarta-feira (6). A medida, que eleva a taxa anterior de 40%, foi implementada em resposta a ações do governo brasileiro que, segundo a Casa Branca, representam uma "ameaça incomum e extraordinária" à segurança nacional e à economia dos EUA.
O decreto assinado por Trump inclui uma lista de exceções, abrangendo produtos como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos. A decisão foi motivada por alegações de abusos de direitos humanos e enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil, com a Casa Branca citando a perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
O impacto das tarifas será sentido principalmente por micro e pequenas empresas brasileiras, que representam 40% das exportações do país, segundo o Sebrae. Essas empresas já enfrentam dificuldades, como pedidos suspensos e negociações travadas, em um cenário de incerteza no comércio internacional. O relatório do JPMorgan Chase sugere que a estrutura tarifária estabelecida durante o governo Trump pode ser difícil de reverter, mesmo que um novo presidente busque uma abordagem comercial diferente.