A partir de quarta-feira, 6 de novembro, produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos enfrentam uma nova tarifa de 50%, impactando significativamente o agronegócio nacional. Entre os itens afetados estão o café, a carne bovina e pescados, o que pode resultar em prejuízos bilionários para o Brasil e encarecer produtos no mercado norte-americano.
A lista de exceções à tarifa inclui apenas o suco de laranja, enquanto produtos como café e carne bovina, que representam uma parte significativa das exportações brasileiras, não foram contemplados. Estima-se que a perda nas vendas para os EUA possa chegar a US$ 5,8 bilhões, com o café sendo o mais afetado, com perdas projetadas de até US$ 481 milhões neste ano, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Os Estados Unidos são o terceiro maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro, atrás da China e da União Europeia. Apesar da dependência mútua, a nova tarifa pode prejudicar tanto o Brasil quanto os EUA, que importam 99% do café que consomem e dependem do Brasil como principal fornecedor de carne bovina. A situação é crítica, pois os EUA enfrentam uma escassez de bois para abate, o que já está gerando inflação no setor de carnes.
A expectativa é que as novas tarifas causem uma reavaliação nas estratégias de exportação do Brasil, que poderá buscar novos mercados para mitigar as perdas, embora a transição para outros países não seja simples. A situação exige atenção das autoridades e dos produtores para encontrar soluções viáveis diante desse cenário desafiador.