O anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em julho de 2025, levanta preocupações significativas para a economia brasileira. Setores como aço, café, carne e insumos químicos já enfrentam perdas estimadas em bilhões de dólares, refletindo um impacto financeiro imediato. Além disso, a medida sinaliza um desafio ao multilateralismo econômico e à diplomacia comercial, exigindo respostas estratégicas do Brasil.
Diante da forte integração da matriz produtiva brasileira às cadeias globais, especialistas apontam que a mediação pode ser uma solução viável para evitar a desarticulação de contratos e a escalada de tensões bilaterais. A mediação, frequentemente vista com desconfiança, é apresentada como uma alternativa para reconfigurar o equilíbrio entre as partes, permitindo revisões contratuais em resposta ao aumento súbito dos custos de exportação.
A indústria química já sente os efeitos das novas tarifas, com cancelamentos de contratos e perda de mercados nos Estados Unidos, enquanto o setor de carnes projeta prejuízos superiores a um bilhão de dólares. Nesse contexto, a mediação é defendida como uma política pública essencial, capaz de unir interesses de empresas, Estado e sociedade, promovendo soluções rápidas e eficazes sem recorrer a medidas populistas. Especialistas ressaltam que a adoção da mediação pode fortalecer a imagem do Brasil no cenário internacional, demonstrando capacidade de diálogo e adaptação diante de adversidades externas.