O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que, caso venha a ser eleito presidente da República, seu primeiro ato será conceder um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Tarcísio enfatizou que considera as atuais circunstâncias enfrentadas por Bolsonaro como “absolutamente desarrazoadas”. Apesar de suas declarações, ele reiterou que não tem intenção de se candidatar à presidência em 2026, destacando que todo governador de São Paulo é visto como presidenciável devido à importância do estado.
Tarcísio também expressou desconfiança em relação à Justiça e afirmou não ver elementos que justifiquem a condenação de Bolsonaro, que enfrentará julgamento no STF por tentativa de golpe. Ele defendeu a anistia para aqueles condenados por ações relacionadas ao golpe e a prerrogativa do Congresso em buscar uma “solução política” para a situação. O governador mencionou a necessidade de diálogo com partidos e cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que coloque a pauta da anistia em discussão.
As declarações de Tarcísio indicam uma estratégia política que visa unir forças em torno da anistia e reforçar sua posição no cenário político nacional. A articulação em torno da anistia pode influenciar o debate político no Brasil, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando. A postura do governador também reflete uma tentativa de fortalecer laços com o bolsonarismo e explorar as divisões políticas atuais no país.