O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar a atuação da Enel, distribuidora de energia que atende 24 cidades da região metropolitana, durante o Fórum VEJA Infraestrutura em 18 de agosto de 2025. Ele classificou o contrato atual como ‘extremamente ruim’ e ‘ultrapassado’, defendendo que não deve ser prorrogado. Tarcísio argumentou que a empresa não realiza os investimentos necessários para melhorar a qualidade do serviço, citando a falta de pessoal e automação como fatores que contribuem para longos períodos de interrupção no fornecimento de energia.
O governador também afirmou que nem o governo federal nem a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deveriam renovar a concessão da Enel, que é válida até 2028. Ele propôs que a concessão fosse dividida em mais de uma área de atendimento e que um novo contrato vinculasse os investimentos à qualidade do serviço. As críticas à distribuidora se intensificaram após apagões sucessivos, incluindo um episódio em outubro de 2024 que deixou 2,1 milhões de clientes sem energia por mais de uma semana.
A discussão sobre a atuação da Enel ocorre em meio à revisão regulatória conduzida pela Aneel, que está considerando novos modelos para concessões de distribuição de energia. A pressão sobre a empresa aumenta à medida que autoridades locais, como o prefeito Ricardo Nunes (MDB), exigem melhorias no serviço. O futuro da concessão da Enel poderá impactar significativamente o setor elétrico paulista e a qualidade do fornecimento aos cidadãos.