O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou nesta segunda-feira, 18, sua crítica contundente ao contrato com a Enel, a distribuidora de energia elétrica que atende 24 municípios na Grande São Paulo. Ele afirmou que o governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não deveriam prorrogar o contrato, que vence em 2028, alegando que os serviços prestados são “extremamente ruins” e “ultrapassados”. Tarcísio destacou que os indicadores de desempenho da empresa são fáceis de serem alcançados devido a condições climáticas que permitem à Enel evitar os investimentos necessários.
O governador argumentou que a demora na religação da rede em situações extremas é resultado da falta de investimentos e automação. Ele sugeriu dividir a concessão em pelo menos duas partes e estabelecer um novo contrato que vincule os investimentos ao desempenho da empresa. Para Tarcísio, a prorrogação do contrato não é aceitável, especialmente em um momento em que a recuperação da capacidade de investimento é crucial para as administrações públicas.
Em resposta, a Enel afirmou que tem ampliado seus investimentos para melhorar os serviços desde que assumiu a concessão em São Paulo, prevendo investir R$ 10,4 bilhões entre 2025 e 2027. A empresa destacou avanços na digitalização e na automação da rede, além da contratação de novos eletricistas para melhorar o atendimento ao cliente. A discussão sobre a prorrogação do contrato com a Enel pode impactar diretamente a qualidade do serviço de energia na região e as futuras políticas de concessão no estado.