Unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) em diversos estados brasileiros começaram a oferecer um novo teste de biologia molecular para detecção do HPV, a partir de 15 de agosto. O exame, desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, ligado à Fiocruz, é capaz de identificar 14 genótipos do vírus e visa aumentar as chances de cura do câncer de colo do útero por meio de diagnósticos precoces, segundo o Ministério da Saúde.
O novo teste, que substituirá gradualmente o exame Papanicolau, permitirá um rastreamento mais eficaz e com intervalos ampliados para até cinco anos. O público-alvo inclui mulheres cisgênero e homens transgêneros entre 25 e 64 anos, com a expectativa de beneficiar 7 milhões de mulheres até 2026. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte entre mulheres no Nordeste e que o diagnóstico precoce pode salvar vidas.
Além disso, o SUS planeja implementar a autocoleta do material ginecológico para facilitar o acesso ao exame, especialmente em populações com dificuldades. A nova tecnologia não apenas melhora a eficiência do rastreamento, mas também reduz custos, eliminando a necessidade de novas coletas em casos inconclusivos. Com isso, espera-se um avanço significativo no combate ao câncer de colo do útero no Brasil.