Nesta sexta-feira, 1º de setembro, a Suíça foi surpreendida com a imposição de uma tarifa recíproca de 39% sobre produtos suíços importados pelos Estados Unidos, uma das maiores já anunciadas pelo presidente Donald Trump. A presidente suíça, Karin Keller-Sutter, confirmou que conversou com Trump na véspera, mas não conseguiu chegar a um acordo.
A decisão de Trump ocorre em um contexto de crescente preocupação na Suíça, que já havia sido alertada em abril sobre a intenção de aplicar uma tarifa de 31%. A nova taxa, que entra em vigor caso não haja um acordo comercial até 7 de agosto, impactará significativamente as exportações suíças, que em 2024 totalizaram cerca de US$ 60,9 bilhões, incluindo produtos essenciais como medicamentos e ouro.
A medida gerou reações negativas entre partidos políticos suíços, incluindo o Partido Liberal, que criticou a ação como um retrocesso nas relações comerciais. Especialistas apontam que o aumento do superávit comercial suíço com os EUA, que cresceu 56% no último ano, foi um fator determinante para a elevação da tarifa. Enquanto isso, outros países, como o Reino Unido e a União Europeia, enfrentam tarifas menores de 10% e 15%, respectivamente.