O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou nesta terça-feira (5) pela anulação da condenação de Adriana Villela, envolvida no caso conhecido como "Crime da 113 Sul", em Brasília. O ministro argumentou que a defesa não teve acesso aos depoimentos extrajudiciais dos réus que implicaram Adriana no assassinato, o que comprometeu seu direito ao contraditório e à ampla defesa. O julgamento, até o momento, está empatado em 1 a 1.
Adriana Villela, arquiteta de 61 anos, foi acusada de ser a mandante do assassinato do advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de sua esposa, Maria Carvalho Villela, e da empregada da família, Francisca Nascimento da Silva. Os crimes ocorreram em 2009, quando as vítimas foram mortas a facadas em seu apartamento na quadra 113 da Asa Sul, em Brasília, por um ex-porteiro do prédio e seus comparsas.
Em 2019, Adriana foi condenada a 61 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Brasília, mas desde então recorre em liberdade. O desfecho do julgamento no STJ pode ter implicações significativas para o futuro da acusada, dependendo do resultado final da votação.