O Superior Tribunal de Justiça (STJ) agendou para o dia 2 de setembro o julgamento do recurso de Bruno Henrique, jogador do Flamengo, que busca anular a investigação em que está envolvido. O agravo será analisado pela corte após o ministro negar o pedido de habeas corpus ao atacante, indiciado por suspeita de manipulação de apostas. A defesa de Bruno Henrique argumenta que a Justiça do Distrito Federal, onde o jogador está sendo processado, não seria competente para julgar o caso, alegando que deveria ter sido levado à Justiça Federal. Por essa razão, solicitam a anulação de todos os atos praticados até o momento. O ministro Paciornik justificou a negação do pedido de habeas corpus, afirmando que não era a ferramenta adequada para discutir a questão. O atacante foi denunciado em junho pelo Ministério Público do DF, juntamente com seu irmão e outras sete pessoas. A acusação é de que Bruno Henrique teria informado a Wander, seu irmão, que receberia um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, o que beneficiaria as apostas realizadas por familiares e amigos. A investigação começou em agosto do ano passado e resultou em uma operação de busca e apreensão em novembro. Apesar das acusações, Bruno Henrique nega veementemente ter manipulado o cartão amarelo com o intuito de beneficiar os apostadores. No entanto, um dos suspeitos envolvidos fez um acordo com o Ministério Público admitindo saber antecipadamente da advertência ao jogador. Em contrapartida, terá que cumprir serviços comunitários e pagar uma multa. As trocas de mensagens entre o jogador e seu irmão foram fundamentais para embasar a denúncia. Diante do cenário de acusações e investigações, o recurso apresentado pelo jogador será avaliado pelo STJ, buscando esclarecer se houve ou não irregularidades na conduta de Bruno Henrique durante a partida contra o Santos em 2023. A transparência e a imparcialidade no julgamento serão essenciais para garantir a justiça e a legalidade no desfecho desse caso que gerou grande repercussão no cenário esportivo nacional.