O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou pela quarta vez a análise do pedido da defesa do ex-jogador Robinho para reduzir sua pena de nove anos por estupro coletivo cometido na Itália. O julgamento do recurso, que ocorrerá na Corte Especial do STJ, está agendado para o dia 3 de setembro. A defesa argumenta que a decisão italiana não se harmoniza com os princípios constitucionais e legais da ordem pública brasileira, solicitando a redução da pena para seis anos de reclusão, com possibilidade de regime semiaberto.
Robinho, que cumpre pena na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo, foi condenado em 2017 pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa. A defesa sustenta que a legislação italiana não se aplica ao caso, alegando que o crime não deve ser tratado como hediondo no Brasil. A esposa do ex-jogador afirmou que ele foi mal assessorado durante o processo na Itália e que novas provas não foram analisadas adequadamente.
As implicações desse caso são significativas, pois envolvem questões de direitos humanos e a aplicação da justiça em casos de crimes sexuais. A decisão do STJ poderá influenciar não apenas a vida de Robinho, mas também o entendimento sobre a aplicação das penas em casos semelhantes no Brasil. Enquanto isso, a vítima continua sem justiça plena, e o debate sobre consentimento e violência sexual ganha destaque na sociedade brasileira.