O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou o julgamento de um recurso apresentado pela defesa do ex-jogador Robinho, condenado na Itália a nove anos de prisão por violência sexual contra uma jovem albanesa em 2017. A análise do caso estava prevista para a tarde desta terça-feira (20), mas foi transferida para o próximo dia 3 de setembro. Os advogados de Robinho contestam a execução da pena no Brasil, alegando que o crime ocorreu em território italiano e, portanto, não deveria ser cumprido aqui.
Após a decisão do STJ, em março de 2024, que autorizou o cumprimento da pena no Brasil, a defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas teve o pedido negado. Robinho foi condenado pela Justiça italiana por participação em um crime de violência sexual cometido junto a outros cinco homens contra uma mulher de origem albanesa. Com base em tratado internacional entre Brasil e Itália, o ex-jogador cumpre a sentença em solo brasileiro, medida que sua defesa tenta reverter.
O adiamento do julgamento pode prolongar a incerteza sobre a situação legal de Robinho e suas implicações para a jurisprudência brasileira em casos envolvendo crimes cometidos no exterior. A discussão sobre a execução da pena no Brasil também pode influenciar futuras decisões judiciais relacionadas a tratados internacionais e a responsabilidade penal de cidadãos brasileiros fora do país.