O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou para 20 de agosto o julgamento do recurso da defesa de Robinho, ex-jogador condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália. O pedido busca reduzir a pena para seis anos, o que possibilitaria a progressão para o regime semiaberto. Robinho está preso desde março de 2024 na penitenciária de Tremembé, São Paulo.
A condenação do ex-atacante, que ocorreu em 2013, refere-se à participação em um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, enquanto ele jogava pelo Milan. A sentença italiana foi homologada pela Justiça brasileira no início deste ano, permitindo sua prisão no Brasil, uma vez que a Constituição proíbe a extradição de brasileiros natos.
A defesa de Robinho argumenta que a execução da pena estrangeira no Brasil viola a soberania do Judiciário nacional, alegando que o ex-jogador deveria ter o direito de ser julgado em seu próprio país. Os advogados questionam a legalidade do processo, afirmando que o acordo de cooperação judicial entre Brasil e Itália não prevê a execução automática de condenações sem um novo julgamento. A decisão do STJ gerou debates sobre a responsabilidade penal em crimes cometidos fora do país e as garantias constitucionais do réu.