STF Retoma Atividades em Meio a Controvérsias e Apoio a Moraes

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a se reunir nesta sexta-feira, 1º de setembro, após o recesso, em um contexto marcado por tensões internacionais e apoio interno ao ministro Alexandre de Moraes. O retorno ocorre dois dias após Moraes ser sancionado pelos Estados Unidos sob a Lei Magnitsky, que visa punir autoridades brasileiras, e a imposição de tarifas de 50% sobre produtos do Brasil, assinada pelo ex-presidente Donald Trump.

Durante a sessão, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, expressou solidariedade a Moraes e defendeu suas decisões, especialmente em relação à ação penal que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro a ser condenado por atentado à democracia. Barroso ressaltou a importância do respeito às regras democráticas, afirmando que "quem ganha as eleições, leva" e que a democracia constitucional deve ser preservada.

Moraes, por sua vez, denunciou uma "organização miliciana" que estaria tentando influenciar as decisões do STF e criticou a atuação de figuras como o deputado Eduardo Bolsonaro, que têm promovido sanções ao Brasil. O ministro classificou essas ações como traição ao país e alertou para a necessidade de defesa da soberania nacional.

O clima de apoio a Moraes foi reforçado por outros ministros do STF, como Gilmar Mendes, que condenou as tentativas de intimidação e classificou a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA como um "ato covarde". O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, também manifestou solidariedade ao ministro, destacando que Moraes é alvo de hostilidades externas em sua função como relator da ação penal do golpe.

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