O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quarta-feira (6) um pedido de soltura do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Braga Netto está preso desde dezembro de 2024, acusado de tentativa de golpe de Estado e de interferir nas investigações que apuram a articulação para anular o resultado das eleições e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O pedido de liberdade foi apresentado pela defesa no dia 29 de julho, que argumentou que Braga Netto deveria ser tratado da mesma forma que o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. Os advogados solicitaram a substituição da prisão preventiva por medidas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a soltura, destacando que Braga Netto representa riscos à investigação e à obstrução da Justiça. Moraes acatou o parecer da PGR, ressaltando que as evidências contra o general, incluindo indícios de coação a testemunhas, justificam a manutenção da prisão. Este é o quarto pedido de liberdade negado por Moraes desde a detenção do militar, que é parte do núcleo militar da trama golpista investigada pelo STF.