O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (6) pela manutenção da prisão do general da reserva Walter Souza Braga Netto. O militar, que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, está detido em instalações do Exército no Rio de Janeiro desde dezembro de 2022, acusado de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na decisão, Moraes rejeitou o pedido de soltura apresentado pela defesa do general, ressaltando a presença de indícios significativos de sua participação na trama golpista. O ministro destacou que a manutenção da custódia cautelar é necessária para assegurar a aplicação da lei penal e proteger a ordem pública, considerando o risco que a liberdade do custodiado representa diante da gravidade dos delitos imputados.
As investigações da Polícia Federal revelaram que Braga Netto, um dos principais articuladores do plano golpista, tentou acessar informações sigilosas relacionadas à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa do general, por sua vez, nega as acusações de obstrução das investigações, afirmando que não houve qualquer irregularidade por parte de seu cliente.