O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no processo que investiga um suposto plano golpista após sua derrota nas eleições de 2022. Este julgamento é considerado uma fase crucial da investigação, reunindo as principais figuras acusadas de articular uma ruptura democrática. Durante a audiência, os advogados de Bolsonaro terão até uma hora para expor suas teses, reiterando argumentos já apresentados anteriormente, sem a possibilidade de incluir novas provas.
A defesa contesta a legitimidade do processo, alegando cerceamento de defesa e dificuldades no acesso a provas. Um dos pontos centrais da acusação é a chamada “minuta do golpe”, um documento encontrado que previa medidas excepcionais para impedir a posse de Lula. Os advogados argumentam que a minuta é apócrifa e que não houve confirmação de que Bolsonaro tratou o documento como um plano concreto. Além disso, questionam a credibilidade da delação de Mauro Cid, alegando que ele apresentou versões contraditórias e foi pressionado pela Polícia Federal.
As implicações desse julgamento são significativas, pois podem impactar não apenas a imagem de Bolsonaro, mas também a confiança pública nas instituições democráticas do Brasil. A defesa argumenta que não houve tentativa de golpe, mas apenas discussões políticas legítimas. O resultado deste caso poderá influenciar o cenário político nacional e a percepção sobre a liberdade de expressão e os limites da atuação política no país.