O Supremo Tribunal Federal (STF) marcará para o dia 2 de setembro de 2025 o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus, todos acusados de liderar uma tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022. Este processo é considerado o núcleo central da investigação, conforme definido pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As sessões ocorrerão na Primeira Turma do STF, presididas pelo ministro Cristiano Zanin, e contarão com a leitura do relatório pelo relator Alexandre de Moraes e a apresentação da acusação pelo procurador-geral Paulo Gonet.
Entre os réus estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-ministro e único réu preso. Eles enfrentam acusações graves, incluindo organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. A denúncia alega que Bolsonaro teria articulado um plano para se manter no poder, incitando militares e atacando as urnas eletrônicas.
O julgamento atrai grande atenção pública, com mais de 3,3 mil pedidos para acompanhar as sessões, embora apenas cerca de 1,2 mil pessoas tenham acesso presencial. A imprensa também demonstrou interesse significativo, com mais de 500 solicitações de credenciamento. Se condenado, Bolsonaro poderá enfrentar penas que ultrapassam 30 anos, tornando este julgamento um dos mais relevantes da história recente do Brasil, com implicações políticas e institucionais profundas.