O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para iniciar, no próximo dia 2 de setembro, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A proximidade da decisão aumenta as tensões políticas e econômicas, em meio ao receio de novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil. Durante um evento do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, realizado em Brasília, o ministro Gilmar Mendes manifestou apoio irrestrito ao colega Alexandre de Moraes, alvo de sanções norte-americanas com base na chamada Lei Magnitsky.
Mendes criticou a medida e ressaltou a relevância do ministro para a democracia brasileira: “O Brasil deve muito ao ministro Alexandre de Moraes. Se hoje vivemos em um ambiente democrático, é graças a sua atuação, e tenho certeza de que a história fará justiça”, declarou. As sanções foram articuladas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, que acusa Moraes de censura a plataformas digitais dos EUA e de perseguição política a Bolsonaro, investigado no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.
Apesar da pressão externa, o Supremo já confirmou que o julgamento seguirá normalmente, sem possibilidade de adiamento. A situação gera um clima de incerteza no país, refletindo a complexidade das relações entre Brasil e Estados Unidos e suas implicações para a política interna brasileira.