Na próxima terça-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará início ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, que compõem o chamado “núcleo 1” do processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As sessões extraordinárias estão agendadas até o dia 12 de setembro, quando os ministros decidirão se condenam ou absolvem os réus, acusados de integrar uma organização criminosa com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.
O julgamento representa uma fase crucial do processo, onde serão analisadas as alegações finais e as defesas dos réus. Entre os acusados estão figuras proeminentes como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. As defesas argumentam sobre possíveis violações processuais e a credibilidade das provas apresentadas, enquanto a expectativa é que o relator, Alexandre de Moraes, utilize mais de uma sessão para concluir seu voto devido à complexidade do caso.
Caso haja condenação, Bolsonaro poderá enfrentar penas superiores a 40 anos de prisão, embora a execução das penas dependa do trânsito em julgado. A situação é ainda mais delicada para os réus militares, que podem ter direito a prisões especiais. O desfecho deste julgamento poderá influenciar não apenas o futuro político de Bolsonaro, mas também o cenário eleitoral brasileiro nos próximos anos.