Na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada nesta sexta-feira (1º), os ministros abordaram as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, destacando um clima de tensão que se estende além do Judiciário. Durante os debates, foi enfatizado que os ataques também atingem os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente, e que há um movimento de chantagem visando a aprovação de medidas de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos na tentativa de golpe.
Os ministros caracterizaram as ações como parte de uma "organização criminosa" que atua no exterior, traindo a soberania nacional em busca de interesses pessoais. Gilmar Mendes, sem mencionar diretamente Eduardo Bolsonaro, criticou o deputado por ter deixado o país, qualificando sua atitude como um ato de lesa-pátria. Alexandre de Moraes, por sua vez, desqualificou as ameaças nas redes sociais como parte de uma "organização miliciana" e reafirmou que não se deixará intimidar pelas sanções de Donald Trump.
Os discursos dos ministros reforçaram a ideia de que o processo de golpe é contínuo e que o julgamento, previsto para o segundo semestre, não será alterado. Além disso, alertaram que a situação do ex-presidente Bolsonaro pode se agravar, com possíveis condenações por coação, que também podem afetar seu filho, Eduardo Bolsonaro.