O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (4) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá cumprir prisão domiciliar, em um inquérito que investiga sua tentativa de obstrução de Justiça. A medida gerou reações entusiásticas entre parlamentares do governo, que a consideraram um marco na defesa da democracia brasileira.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou que a decisão representa a força da Justiça contra ataques à democracia, afirmando que "quem atenta contra a democracia vai responder por isso". A ordem de prisão domiciliar está relacionada a investigações sobre a participação de Bolsonaro em atos que visam desestabilizar o Judiciário, incluindo a atuação de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teria articulado sanções estrangeiras contra o Brasil.
A decisão de Moraes impõe restrições severas ao ex-presidente, que não poderá receber visitas, exceto de advogados e familiares próximos, e está proibido de usar celulares ou se comunicar com outros investigados. Moraes alertou que novas violações poderão resultar em prisão preventiva. A medida ocorre em um contexto de crescente polarização política no Brasil, com o STF assumindo um papel central na manutenção da ordem democrática.