O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar integral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada após o ex-mandatário descumprir repetidamente medidas cautelares impostas em 18 de julho. O documento assinado por Moraes destaca que Bolsonaro utilizou redes sociais no último domingo (3) para acompanhar manifestações de seus apoiadores em cerca de 60 cidades do Brasil.
Bolsonaro, que se encontra inelegível até 2030 por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é réu em um processo que investiga sua suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Caso seja condenado, ele pode enfrentar uma pena de até 43 anos de prisão. A participação do ex-presidente nas manifestações foi mediada por videochamadas, com o auxílio de assessores e de familiares, incluindo seu filho Flávio Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, que esteve presente em um ato em Belém.
A decisão do ministro Moraes reflete a gravidade das ações de Bolsonaro e a necessidade de garantir o cumprimento das normas judiciais. O caso continua a ser monitorado pelo STF, que já havia estabelecido restrições à liberdade do ex-presidente em função de suas condutas recentes.