O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4), em decorrência de investigações sobre sua atuação e a de seus filhos para incitar sanções estrangeiras contra a economia brasileira. Moraes citou diversas postagens nas redes sociais que evidenciam o descumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro em julho, caracterizando suas ações como uma tentativa de coagir o STF.
Entre as evidências apresentadas, Moraes destacou uma publicação no Instagram onde Bolsonaro se dirigiu a manifestantes em Copacabana, através de um telefonema com seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. A postagem foi posteriormente apagada, mas, segundo o ministro, demonstrou um claro desrespeito às restrições impostas. Outras postagens de seus filhos, como mensagens de apoio a intervenções estrangeiras e convites para seguir o perfil de Bolsonaro, também foram mencionadas como tentativas de obstruir a Justiça.
Na decisão, Moraes enfatizou que a participação de Bolsonaro nas redes sociais de seus filhos e aliados foi utilizada para incitar manifestações e pressionar o STF, configurando uma conduta ilícita e desrespeitosa às medidas cautelares. Além da prisão domiciliar, o ministro determinou a proibição de visitas e a apreensão de celulares do ex-presidente, reforçando a gravidade das ações que levaram à sua detenção em casa.