O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (4) pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornando-o o quarto ex-chefe do Executivo a ser preso desde a redemocratização do Brasil em 1985. Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado e obstrução de justiça, juntando-se a uma lista que inclui Michel Temer, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, todos investigados por corrupção e abuso de poder.
Lula foi preso em abril de 2018, condenado a 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro, e permaneceu 580 dias detido na sede da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi libertado em novembro de 2019 após uma mudança no entendimento do STF sobre prisões após condenações em segunda instância.
Fernando Collor, que renunciou à presidência em 1992 durante um processo de impeachment, foi condenado em maio de 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele também teve sua pena convertida para o regime domiciliar. Michel Temer, por sua vez, foi preso em 2019, acusado de liderar um esquema de corrupção, mas foi liberado após 4 dias e atualmente responde aos processos em liberdade.
Antes da redemocratização, outros presidentes enfrentaram prisões, como Hermes da Fonseca, Washington Luís e Juscelino Kubitschek, que foram alvos de perseguições políticas em períodos de instabilidade. A decisão do STF reflete um momento crítico na política brasileira, com repercussões significativas para o futuro do país.